Quando já passou mais de um mês e meio desta epopeia, começo a ter de puxar pela cabeça para tentar abstrair-me e assumir que aquilo que já é normal e corriqueiro para mim, não é para os assíduos leitores deste pasquim.
E por isso, vale a pena homenagear um dos ex libris desta cidade-estado, já aqui referido algumas vezes, mas nunca com a dignidade merecida.
O Táxi de Pequim.
Refiro-me a ele como se falasse de uma espécie animal, devido às suas características únicas, tanto no conjunto, como em cada indivíduo.
Os táxis de Pequim são sujeitos a forte fiscalização, uma vez que num passado bem recente, a prática quotidiana dos taxistas locais era um ícone para qualquer taxista do Porto ou de Lisboa, no que diz respeito a técnicas bem conhecidas de gamanço, como cobrar mais que o justo, fazer mais dez quilómetros que o necessário, etc etc.
Assim, quando se entra num táxi de Pequim, dever-se-á:
- Dizer alto e bom som, Ní Hao - para confundir o taxista, fazendo-o pensar que já somos de cá e que não nos come as papas na cabeça com duas tretas.
- Dizer alto e bom som o nome da rua, avenida ou edifício para onde se quer ir, sem recorrer a cábulas - com o mesmo objectivo.
- Verificar se o taxímetro é ligado. Se o taxista se "esquecer", deixar andar um ou dois quilómetros e depois refrescar-lhe a memória. Ele tem de ligar, senão podemos chamar a polícia.
- Abrir um pouco a janela para levar com um pouco menos do perpétuo e generalizado cheiro a alho e/ou cebola - a doutrina divide-se - que empesta cerca de noventa e nove por cento dos táxis de Pequim.
- Nunca dizer "Pu Tao Ya". O taxista dirá "ok!" e arrancará, em direcção a Oeste.
- Tirar fotos ao taxista e fazer vídeos curtos com ele, se se estiver a ir ou a vir dos copos. Isto dá cor às vidas deles, um gesto de altruísmo humano.
- Dizer "esquerda", "direita" e/ou "em frente" como se não houvesse amanhã.
- Fazer cara de mau/má e exigir recibo no fim. "Fa Piao!"
E por isso, vale a pena homenagear um dos ex libris desta cidade-estado, já aqui referido algumas vezes, mas nunca com a dignidade merecida.
O Táxi de Pequim.
Refiro-me a ele como se falasse de uma espécie animal, devido às suas características únicas, tanto no conjunto, como em cada indivíduo.
Os táxis de Pequim são sujeitos a forte fiscalização, uma vez que num passado bem recente, a prática quotidiana dos taxistas locais era um ícone para qualquer taxista do Porto ou de Lisboa, no que diz respeito a técnicas bem conhecidas de gamanço, como cobrar mais que o justo, fazer mais dez quilómetros que o necessário, etc etc.
Assim, quando se entra num táxi de Pequim, dever-se-á:
- Dizer alto e bom som, Ní Hao - para confundir o taxista, fazendo-o pensar que já somos de cá e que não nos come as papas na cabeça com duas tretas.
- Dizer alto e bom som o nome da rua, avenida ou edifício para onde se quer ir, sem recorrer a cábulas - com o mesmo objectivo.
- Verificar se o taxímetro é ligado. Se o taxista se "esquecer", deixar andar um ou dois quilómetros e depois refrescar-lhe a memória. Ele tem de ligar, senão podemos chamar a polícia.
- Abrir um pouco a janela para levar com um pouco menos do perpétuo e generalizado cheiro a alho e/ou cebola - a doutrina divide-se - que empesta cerca de noventa e nove por cento dos táxis de Pequim.
- Nunca dizer "Pu Tao Ya". O taxista dirá "ok!" e arrancará, em direcção a Oeste.
- Tirar fotos ao taxista e fazer vídeos curtos com ele, se se estiver a ir ou a vir dos copos. Isto dá cor às vidas deles, um gesto de altruísmo humano.
- Dizer "esquerda", "direita" e/ou "em frente" como se não houvesse amanhã.
- Fazer cara de mau/má e exigir recibo no fim. "Fa Piao!"
- Sorrir e agradecer. "Xié xié!"
4 comentários:
Com estas indicações estou certa de que qualquer um que chegue à China a primeira coisa que vai querer fazer é por em prática este fabuloso manual. Nunca na vida foi tão divertido andar de táxi, pois não?
Ficou por esclarecer como é que lhe pedes para ligar o taxímetro, quando não o faz, e ameaças com a polícia... Ou como proferes umas quantas asneiras tipicamente portuguesas e nortenhas(para não dizer aquela palavra que começa em car- e acaba em -adas...), em cantonês...
Só falta a versão oriental do De Niro em frente ao espelho a perguntar: "Uó lin ka tum pon???" ("Are you talking to me???")
yi zhe zuooooooooooooooooo!! :)
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