Os Mundos e a Porta

Os Mundos e a Porta

terça-feira, 20 de maio de 2008

Here We Stand, We Can Do No Other


Páro para respirar fundo. Fico a pensar, de olhos fechados. Quem é este que aqui vai? Olho-me como se a minha imagem fosse de alguém já morto, como se aquele sorriso fizesse parte de um passado que ficou lá e não se repete. Como se trocasse de lugar com o meu próprio reflexo e passasse a ver-me do espelho. Como um perpétuo sorriso de adeus que não sai.

Sedento de todas as realidades, como se a vida não chegasse para viver tudo, pedindo permanentemente desculpa por ser assim e por deixar sempre tudo para trás, porque é assim.

Sinto pesada a mochila às costas, que sulca os ombros de há tanto tempo ser carregada. O peso que me prende a um mundo todo e a uma vida inteira que nunca foram meus nem foram realmente construídos por mim. Vivo emprestado e a emprestar-me.

Aquele sou eu, este que eu nunca soube bem quem é. A Desilusão em carne e osso.

domingo, 18 de maio de 2008

Where's the fuckin' toilet?!...

Quando esta questão surge berrada nos ouvidos, com o equilíbrio já comprometido e as pernas retesadas, algo estala no pensamento. Agora é aqui.

A verdade é que os indivíduos que circulam de negro carregando colunas de vidro exibindo GUINESS adoram que alguém lhes diga ao ouvido tá fudjido cara para poderem parar um minuto que seja e trocar algumas palavras na língua que os pais lhes ensinaram.

Chove muito mas tudo anda nu. E tudo come pouco e vai muito ao ginásio. O que vale é o metro que de metro não tem nome, mas de porto tem o bastante.