Os Mundos e a Porta

Os Mundos e a Porta

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

O Vento e o Tempo

Todas as manhãs levanto-me e pego na minha bicicleta azul de céu e levo de companhia os sons que me isolam do som cimento e cinzento e me sopram aos ouvidos Luna Luna para que não pare nunca e vôo pelas ruas da cidade cimento e cinzento caíndo-me lágrimas de vento gélido a caminho de mais um só segundo menos de aquecer as mãos no teu cabelo quente de seda e por um momento de nada torno-me senhor do mundo cimento e cinzento morrendo as minhas lágrimas gélidas na tua face quente de seda enquanto dormes serena longe comigo do outro lado do espelho e dos sons onde o céu é mesmo azul e onde há mesmo céu.


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