Viajar na China é especial.
Já viajei de avião, de comboio, de autocarro e de carrinha. Já dormi em estrados de madeira e em camas de comboio, já comi coisas que nem sabia que se comiam e em sítios onde não imaginava ser possível servirem comida, já me habituei às sanitas térreas e à correspondente estranha posição que é necessário assumir e já andei em contramão na autoestrada. Já vi montanhas nevadas e lagos de muitas cores, templos que dominam mares de nuvens do cimo de montes, já vi gente muito muito pobre que sorri mais que eu.
E de cada vez que saio, sinto que fica mais ainda por descobrir neste país-continente, onde tantas etnias, línguas e nacionalidades se cruzam numa harmonia estranha, mas eficiente. A paixão vai crescendo devagar, mas não pára de o fazer.
Tenho pena de não ter ido à Queima pela primeira vez, desde mil novecentos e noventa e sete. Claro que agora já não é como antes. Ir à Queima em jeito de reformado saudosista normalmente só serve para nos apercebermos que realmente tudo passou e que estamos a caminho da velhice. Mas a Queima é a Queima. Impossível não ir. Sorte de quem pode.
Ou azar de quem não pode estar aqui.
1 comentário:
Sim, creio que será mais azar de quem aí não pode estar :)
Um forte abraço!
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